segunda-feira, 26 de julho de 2010

Encontra-te, se ainda fores a tempo.

Respiro fundo.

Fecho os olhos.

As lágrimas começam a escorrer-me pelas faces... recordo todos os teus movimentos, todos os teus gestos, as poucas palavras, as imensas e duras provocações e questiono-me: "Porquê?".

Tu que sempre soubeste de tudo, tu a quem eu abri a minha alma e o meu coração...tu, pessoa que eu sempre admirei.

Abro os olhos e corro, corro, corro por um areal que me queima os pés, a alma. Não aguentei mais ver tudo isto a acontecer à minha frente sem que eu pudesse dizer algo, sem que eu pudesse carregar numa tecla "stop", sem que eu pudesse acordar do que seria um pesadelo.

Volto a respirar fundo.

Olho para trás.

Mas já não há sinal de ti.

Desapareceste, ou se calhar eu é que corri para bem longe de ti.

Será que não percebeste que aquele era o nosso momento?! Um momento difícil de ultrapassar, um momento doloroso...uma despedida temporária.

Espera-me uma grande aventura, em que não vou poder estar contigo, não vou poder ver-te, tocar-te e tu nem sequer tiveste coragem para me olhares nos olhos e te despedires de uma pessoa que já mostrou carinho e admiração por ti!! Porquê?

Será que estou a pedir muito?

Pensa lá bem!

Já és um homem ou será que eu é que julguei mal e não passas de um puto mimado, armante e arrogante.

"Errar é humano."

A típica frase.

Mas não me parece que tenhas sido tão falso este tempo todo. Ou se calhar quero acreditar nisso.

As nuvens estão cinzentas...

Mais uma vez fui ingénua...

A raiva que sinto por mim é tão grande. Como é que pude voltar a acreditar numa pessoa que não é aquilo que demonstra, que usa máscaras, que me magoa e humilha...

Ontem quase que conseguias derrubar o muro que tenho andado a construir há algum tempo...quase...mas não conseguiste!

Não vou dizer que não abanou e que não temi que tudo fosse abaixo...porque ao contrário de ti, não tenho duas facetas... não uso máscaras, não preciso disso para me sentir bem comigo própria, não preciso disso para me sentir superior em relação aos outros.

Sou como sou.

E o muro pode abanar muitas vezes. Mas a simplicidade, a genuiedade, a sinceridade, o amor próprio nunca o vai deixar cair. O muro que me defende. Que uso para me encostar para recuperar forças e para me proteger de ataques de seres não realizados interiormente.

Já sabes com o que podes contar deste lado do muro...mas quando atravessares o portão, peço-te para que sejas sincero comigo, mas acima de tudo sincero contigo!

Um dia destes ainda te perdes...



(Talvez nunca chegues a ler esta mensagem... mas também escrever é uma forma que arranjo para fortalecer o muro...não tenho problemas de te dizer tudo isto frente a frente. Tudo o que disse aqui foi sincero, foi sentido...

Se por acaso algum dia chegares a ler, pensa bem na tua vida. Pensa no que andas a fazer...faz um "check up" interno e descobre-te se ainda conseguires fazer isso.)



Até um dia destes!*

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